É interessante como a gente vê as coisas
que estão perto ou longe, né? Assim, vou explicar. Quando você vê um avião de
perto, você vê que ele é beeem grande. E você sabe que eles são rápidos também,
porque, um exemplo, uma viagem Imperatriz - São Luís, de carro, dura em
média umas dez horas. Já de avião, quase 50 minutos. Bom, é rápido. E daí você
vê o avião no céu, e lá no alto eles parecem tão lentos e pequeninos, né? Eles
até cabem numa fresta da janela e às vezes andamos mais rápido que eles.
Mas não se iluda, é um avião. E não é porque ele está longe que vai perder o
significado que tem um avião.
A mesma coisa acontece com um prédio. De longe
parece pequeno e insignificante, mas daí a gente vai chegando perto e ele vai
ficando gigante. De longe parece mínimo, e de perto é tão...
E o Sol então? Nem se fala. O Sol é enorme e
quente, muito muito quente. Uma quentura que não se pode nem imaginar de tão
quente que é. Mas daqui, o Sol cabe na palma da nossa mão. Tem dias que
ele aparece brilhante e bonito, e tem dias que chove e ele fica ali
escondidinho. Mas nós sabemos que ele está ali. As vezes ele arde em nosso
rosto, mas por mais quente que
o sintamos, ele não faz ninguém entrar em combustão. Enfim, o Sol é quente e
gigante, nós sabemos disso mesmo sem o ver de perto.
A mesma coisa acontece quando se ama alguém que está longe... Então se eu disser pra você que eu gosto de
você, mesmo você estando longe, você pode acreditar no que eu digo? Porque eu
realmente gosto de você. Porque assim como o Sol você me aquece,
e quando chega perto então, quase me queima, e o corpo inteiro arde.
Porque você aí, longe, fica tão pequenino
aos meus olhos, que mesmo sendo enorme, cabe fácil fácil no meu coração. Não é porque está longe que perde o significado que tem para mim, você pode me dizer que não tem nenhuma dúvida?
"Quando você disser
Que longe é um lugar que não existe
Se lembre também de me dizer
Onde é que você vai estar, então
Quando eu te quiser
Quando eu te quiser..."