- Adeus, disse ele a flor.
Mas a flor não respondeu.
- Adeus, repetiu ele.
A flor tossiu. Mas não era por causa do resfriado.
- Eu fui uma tola, disse por fim. Peço-te perdão. Trata de ser feliz.
A ausência de censuras o surpreendeu. Ficou parado, inteiramente sem jeito, com a redoma no ar. Não podia compreender essa calma doçura.
- É claro que eu te amo, disse-lhe a flor. Foi por minha culpa que não soubeste de nada. Isso não tem importância. Foste tão tolo quanto eu. Trata de ser feliz... Mas pode deixar em paz a redoma. Não preciso mais dela.
- Mas o vento...
- Não estou assim tão resfriada... O ar fresco da noite me fará bem. Eu sou uma flor.
- Mas os bichos...
- É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas. Dizem que são tão belas! Do contrário, quem virá visitar-me? Tu estarás longe... Quanto aos bichos grandes, não tenho medo deles. Eu tenho as minhas garras.
E ela mostrava ingenuamente seus quatro espinhos. Em seguida acrescentou:
- Não demores assim, que é exasperante. Tu decidiste partir. Vai-te embora!
Pois ela não queria que ele a visse chorar. Era uma flor muito orgulhosa...
2 opiniões importantes:
Esta obra nos deixa marcas: Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.
Orgulho é uma coisa ruin, mas as vezes se faz necessário, e so devemos permitir esse orgulho ate o ponto em que podemos afirmar que se trata de amor próprio.. passando disso é outra coisa.
Puxa, são tão boas as reflexões que o pequno príncipe nos trazem, não me canso dele nunca!
qUE BOM SABER QUE VOCE TBM GOSTA.. BJOS PRA VOCE MENINA DO CAFÉ
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