sábado, 24 de setembro de 2011

sobre músicas de suspense e trilha sonora

Hoje assisti um filme desses de terror e suspense, adoro! Gosto do que me prende atenção, e nada melhor que um bom suspense pra isso. E dependendo do filme eu me envolvo na história, chego até a 'falar' com os personagens. Porque a gente sempre enxerga tudo, com o desenrolar a gente vai conhecendo cada personagem, tem aquele momento em que o vilão vira de costas pro mocinho, da uma risada cínica, faz uma cara de mal, aí a gente já percebe que aquele ali não presta. Ou então quando nos momentos de perigo toca uma música de suspense e a gente já sabe que vai acontecer alguma coisa. "Sai daí seu burro, não vê que ele vai te matar?"
Eu sempre me lembro do filme do tubarão, quando tocava aquela música eu esperneava e dizia para as pessoas saírem logo da água. Porque nos filmes a gente sempre tem o conhecimento de que algo está por vir, a música de suspense cumpre bem essa função de nos informar.
Só que claro, só vemos porque estamos do lado de cá, de fora da situação. Exatamente como na vida real, a gente não percebe, claro! As situações não acontecem com trilha sonora, porque se tivesse seríamos rapidamente avisados e poderíamos voltar atrás, escapar do perigo do qual chegamos tão perto.

Ontem por exemplo, falei tanta coisa ruim pra alguém que amo, nem me dei conta. Hoje, já de fora da situação (outro dia) e revendo as atitudes, é como se eu pudesse ver a cena com uma música de suspense e perigo bem alto tentando me avisar e eu não conseguia ouvir. Não sei bem o quê, mas algo me fez refazer os passos a tempo e ver que o caminho não era bem aquele. Aliás, sei bem o que foi, mas prefiro não dizer aqui, acho que cada um, de acordo com a situação em que vive deve descobrir por si só.

***
Agora, no lugar de música de suspense, por quê não uma trilha sonora? Acho que mereço. E se tem trilha tem que ser um clássico, algo que diga muito.


Por hoje, essa:


segunda-feira, 19 de setembro de 2011

do Manuel, o Bandeira

O que eu adoro em ti,
Não é a tua beleza.
A beleza, é em nós que ela existe.

A beleza é um conceito.
E a beleza é triste.
Não é triste em si,
Mas pelo que há nela de fragilidade e de incerteza.

O que eu adoro em ti,
Não é a tua inteligência.
Não é o teu espírito sutil,
Tão ágil, tão luminoso,
- Ave solta no céu matinal da montanha.
Nem a tua ciência
Do coração dos homens e das coisas.

O que eu adoro em ti,
Não é a tua graça musical,
Sucessiva e renovada a cada momento,
Graça aérea como o teu próprio pensamento,
Graça que perturba e que satisfaz.

(...)

Nem a tua pureza. Nem a tua impureza.
O que eu adoro em ti - lastima-me e consola-me!
O que eu adoro em ti, é a vida.

***

Madrigal Melancólico - Manuel Bandeira, 11 de junho de 1920


*enviei-te também por email*

sábado, 17 de setembro de 2011

por hoje, Calvin e Haroldo




Sem mais.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

vida real versus um pouco de novela

Estava numa sala de espera folheando revista quando na tv uma cena me chamou atenção. No programa da Ana Maria Braga mostrava imagens de adolescentes fazendo movimentos, digamos, eróticos(?). Mas justo na hora fui chamada e não vi a essência da matéria. Enquanto era atendida na outra sala fiquei imaginando o que apresentadora estaria falando a respeito das imagens. "Quando chegar em casa vou procurar na internet" - pensei. E foi o que eu fiz, não encontrei a reportagem do programa, mas o vídeo das meninas em questão é esse:

Veja se tiver estômago pra isso:


Não sei vocês, mas eu fiquei chocada com essas meninas. Imagino que os pais não sabem do teor dessas 'festinhas' durante o dia, aparentemente inocente, mas enfim. Não vim falar disso, não exatamente. Dizem que a vida imita a arte né, e vice-versa. Então, outro dia nessa nova novela da globo teve uma cena que me fez lembrar desse vídeo. Quem acompanha sabe do personagem Baltazar, um pai ultra rigoroso e marido agressivo. Tem um capítulo em que ele proíbe a filha de ir numa festa, ela desobedece e vai.

Baltazar invade o baile para buscar a filha:


Daí a globo mostra o que acontece com os pais que resolvem ir atrás de seus filhos nessas situações:

Em baile funk, Baltazar leva uma surra

Claro que cada um, dentro do seu nível cultural pode discernir o que quer ou não da televisão. Mas é incrível a forma como os valores estão invertidos e a novela vilaniza a todo custo um pai que tenta a seu modo proteger a filha. Tem uma cena patética (só mais essa) em que a moça finge estudar quando o pai chega, e na cena é apoiada pela mãe.

Solange finge estudar quando o pai chega em casa

E ela joga os livros de lado quando ele sai. Não se pode negar que o cara é violento, certamente o autor vai explorar bem o tema e vai fazer uma coisa boa no momento que começar a incentivar as denúncias de abuso contra as mulheres, mas essa questão da violência, quem sabe é assunto pra outro post; o que eu vim mostrar mesmo hoje foi outra coisa.
Um viva pra quem entendeu!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

...

Então, as últimas semanas foram (e estão) sendo difíceis. Não tô numa fase lá muito boa. Por isso quando ouvi alguém dizer, sem que eu estivesse presente por completo, que "eu sou espirituosa, e que tenho uma áurea muito linda", não pude deixar de achar esse o melhor elogio da minha vida.

(suspiros)

domingo, 4 de setembro de 2011

procura-se

Tava aqui arrumando umas coisas, organizando uns livros e folheando alguns, quando me deparo com uma papelzinho dobrado, meio esquecido e envelhecido pelo tempo.
Era do tempo do colégio, 4° ou 5° série talvez, pelos meus cálculos deve fazer uns quinze anos.
Eu tinha um coleguinha de classe que sempre me ajudava com as lições. Não lembro porque mas uma vez tivemos um desentendimento. Um dia voltando do recreio encontrei um bilhetinho dentro da gaveta. No bilhete ele dizia que não era bom ficarmos sem nos falar, e encerrava com a pergunta: "Vamos ficar de bem?" Logo em baixo tinha um sim e um não, com uma quadrinho ao lado de cada resposta aonde eu deveria marcar o que eu queria e depois devolver.
Quando ele entrou na sala e viu o papel na minha mão sorriu pra mim, eu apenas sorri de volta e guardei o papel na mochila. O sorriso disse tudo, voltamos a ser amigos.

"Quando a gente fica vermelho, não é o mesmo que dizer sim?"

Os anos se passaram e tomamos rumos diferentes. Ver esse bilhete hoje me fez lembrar com uma riqueza de detalhes muito grande daquele dia. Não é a primeira vez que encontro esse papel, acho que o vi faz uns cinco ou seis anos e guardei com o mesmo carinho e ternura como no dia em que o recebi. Com a diferença de que hoje deu uma curiosidade enorme de saber como ele está. Será se algum dia voltaremos a nos ver?

Sei apenas que se chama Fabiano, só tirava dez em matemática e a última notícia que tive é que ele está (ou estava) estudando na Universidade Federal do Maranhão.
Lembro também que éramos um trio: Fabiano, Adriana e eu. Adriana fazia aulas de natação junto comigo (professor Valdeã) e vivíamos insistindo pra que Fabiano entrasse também, mas ele dizia que preferia fazer Atletismo (professor Parente).
Só lembro mesmo basicamente disso. =/
Talvez demore encontrar mas não deve ser tão difícil assim. Estudantes do Sesi I em Imperatriz do Maranhão, anos 90, mais precisamente entre 95 e 98. Alguém por acaso ler esse blog? Manda um email, qualquer coisa tentar um reencontro, tirar umas fotos quem sabe postar aqui?. (Vejam como sou otimista =D).
Vamos lá Fabiano, apareça. Quero te mostrar que durante todos esses anos eu guardei teu bilhete. Imagino a sensação que deve ser reencontrar uma amizade de infância perdida pelo tempo.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Mafalda, abrindo os posts de setembro





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