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O que falar sobre o falso moralismo? Ou pior, o que falar sobre pessoas que possuem esse terrível defeito? Quem é o quê para apontar ou julgar alguém? E quando uma pessoa que tem um passado (e um presente) questionável vem te falar o que deve e o que não deve ser feito e como se deve ou não se deve viver? Como se comportar diante disso? São perguntas que me faço quando encontro pessoas assim, porque sério, fico sem saber como me comportar. É desconfortável, e eu não consigo me conter, e se não posso vomitar tudo o que penso na cara da pessoa, eu saio de perto até para deixar-se perceber o desafeto e também para manter a ética comigo mesma, que para mim é a mais importante. Ser hipócrita consigo próprio é pior do que ser hipócrita perante a sociedade. Aliás, acho até que deve ser bem perturbador ser hipócrita consigo mesmo: como que uma pessoa que fala de uma forma e age de outra se olha no espelho quando chega em casa? Deve no mínimo se chamar de idiota. Mas enfim, cada um com seu cada um. Não quero ser analisada porque autocrítica eu tenho de fábrica, obrigada. E ainda bem que tenho. Toda pessoa deveria ter autocrítica porque acho que é a peça mais importante para a construção da personalidade de qualquer cerumano. E por que a maioria não possui a bendita prática de se avaliar ao invés de avaliar o outro? Os que não sabem analisar a própria vida e sua maneira de agir ou pensar, sempre são aquelas que vivem a apontar defeitos alheios. Ah, e todo esse questionamento levantado fica sem resposta porque ainda não aprendi a compreender pessoas que tem essa deficiência. Fim.