domingo, 27 de fevereiro de 2011

sobre amor e entrega...

Vida tem me puxado as orelhas ultimamente. Por quê é mesmo que ela só quer ensinar da maneira mais difícil? Que coisa, eu hein...
Mudando um pouco (quase nada) de assunto, responda rápido, o que você faria diante da seguinte situação: você está viajando de avião e do seu lado tem uma criança, em caso de emergência as máscaras de oxigênio caem na sua frente, você coloca a máscara primeiro em você ou na criança??

Não sei sua resposta, mas tenho quase certeza de que você colocaria primeiro na criança. As informações das companhias aéreas dão conta de que se coloque primeiro em si mesmo, e o motivo é bem simples e óbvio: como você vai cuidar da criança, se antes não cuidar de você?

Engraçado, na vida a gente é meio assim né... Pelo menos eu sou. Semana passada em especial (e uma anterior) eu fui, e tenho sido.. Deixei minha máscara de oxigênio de lado e nem me importei muito comigo. (ps. os verbos a seguir valem todos no presente). Amei, cuidei, me preocupei ,quis agradar mostrar que eu estava ali, quis aproveitar cada minuto de um tempo que de tanto eu esperar passa rápido demais quando chega. Doei-me tanto que acabei esquecendo de mim mesma. E no momento em que precisei de um tempo e do meu oxigênio de volta, fui acusada de abandono. (um baita mal entendido)
Mas deixa pra lá, não o culpo, os mal-entendidos foram feitos simplesmente para serem desfeitos (este já era). E também não culpo a mim mesma, e se pudesse voltar no tempo eu faria tudo de novo. Faria sim, ora bolas. Com exceção de que dessa vez eu não pegaria minha máscara de oxigênio de volta...


Porque tudo o que eu quero mesmo é perder o ar!
Tem coisa melhor?


Encerro com esse parágrafo, de C.S. Lewis, em Os 4 amores.

Não existe um investimento seguro. Amar é ser vulnerável. Ame qualquer coisa e seu coração irá certamente ser espremido e possivelmente partido. Se quiser ter a certeza de mantê-lo intacto, não deve dá-lo a ninguém, nem mesmo a um animal. Envolva-o cuidadosamente em passatempos e pequenos confortos, evite todos os envolvimentos, feche-o com segurança no esquife ou no caixão do seu egoísmo. Mas nesse esquife – seguro, sombrio, imóvel, sufocante – ele irá mudar. Não será quebrado, mas vai tornar-se inquebrável, impenetrável, irredimível. A alternativa para a tragédia, ou pelo menos para o risco da tragédia é a danação.O único lugar fora do céu onde você pode manter-se perfeitamente seguro contra todos os perigos e perturbações do amor é o inferno.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

via de regra

Se algum dia você perder o controle...


...levante-se e mude de canal manualmente.


Tá, eu sei que essa é horrível, mas coube bem pra agora, to aqui vendo tv e no pc ao mesmo tempo e com uma baita preguiça de levantar - não me julguem, os domingos também servem pra isso.
Pra não prolongar muito, já que a preguiça tá demais, vou desligar tudo e ir pra cama, tudo de uma vez só.. amanhã a labuta começa cedo e sei que essa semana promete.


Encerro com essa tirinha do Miguelito, da qual gosto bastante:

Acredite no poder dos seus argumentos, mas não se empolgue demais hein, #ficadica!
Beijinho doce procês, até mais..

sábado, 12 de fevereiro de 2011

sobre liberdade, e medo...

Após saber das notícias a respeito dos últimos acontecimentos no Egito, fiquei aqui pensando com meus botões: incrível o poder que as pessoas tem nas mãos e muitas vezes não se dão conta, íncrivel mais ainda é quando decidem dar uma basta numa situação que se arrasta já a tanto tempo, como se de repente cada um saíssem de suas casa movidos por um único objetivo, gritar pro mundo: Chega, Não aguentamos mais, queremos liberdade e estamos aqui pra lutar por ela! E nada de meio termo. Queremos a renúncia e ponto final. Dê-nos, é o que queremos.

Coisa boa de se ver né? apesar de tudo.

Olha gente, acho que vou falar algo meio absurdo, mas por mais que eu tente não consigo deixar de comparar com a história aqui do Maranhão, sabe? Cada vez que leio sobre protestos dessa natureza, protestos bem sucedidos diga-se, sempre lembro que por aqui as coisas não funcionam. (olha eu aqui falando disso de novo)

E vejam só, praquelas bandas existe a questão cultural e religiosa das pessoas, toda uma barreira, não sei se barreira é a palavra certa, existe toda uma tradição que poderia impedir qualquer revolta popular. Mas ainda assim passaram por cima de tudo e lutaram pela liberdade, pelo fim da ditadura de quase 30 anos. E por essa e várias outras coisas que eu faço a comparação, não tem jeito é algo que sempre vem na minha cabeça.

Uma vez li uma reportagem que falava de uma mulher que durante mais de 10 anos viveu em cárcere privado, mantida por um homem que a agredia, e que mesmo tendo várias oportunidade de fugir, não fez porque não tinha coragem de o abandonar. O caso acabou na polícia por causa de uma denúncia anônima.
Os psicólogos disseram que é comum pessoas criarem laços afetivos pelos próprios agressores, e quando não é afeto, é medo, ou até mesmo acomodação por manter uma vida sem muito esforço. E é mais ou menos nesse ponto que faço a comparação/questionamento que mencionei sabe? Mesmo tendo oportunidade de por um ponto final, muitas pessoas preferem se manter na mesma situação por anos a fio.

Outra coisa de que me lembrei agora foi dos protestos em Brasília, 2009 se não me engano, pessoas protestando contra permanência do Sarney no senado. Passaram alguns dias lá, mas depois foram embora com o rabinho entre as pernas. Não tinha coro sabe? Não tinha convicção. Não tinha um ideal porque parece que chegaram num ponto em que se viram numa briga que não era deles. Em maioria, são jovens que gritam liberdade, mas que saem pra se embriagar com o dinheiro dos pais, pessoas que gritam igualdade, mas que ignoram uma pessoa que precisa de ajuda.. Olha pensando bem, é melhor parar por aqui, to entrando em outro ponto já.

Voltando ao Egito, estou feliz pelo fim do protesto, lamento pelos que não puderam presenciar a conquista, rezo pra que estejam num bom lugar.


Deixo aqui algumas fotos da comemoração... tirei daqui.




Um abraço e bom fim de semana!!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

fuga

Tem coisas que a gente faz de tudo pra esquecer né? Você rasga fotos, devolve livros, apaga números, muda de perfume, joga fora algumas peças de roupa, deixa de freqüentar certos lugares, tenta evitar os amigos em comum pra evitar que algum desavisado lhe pergunte "cadê fulano?"...
Daí você mergulha no trabalho, nada como ocupar a mente. Em casa troca os móveis de lugar, manda pintar as paredes... Você muda muitos hábitos, conhece outras pessoas, muda o visual, corta o cabelo, muda a alimentação, deixa de fazer muitas coisas, sai mais, bebe menos, viaja, volta... Enfim, está indo tudo bem, está dando tudo certo...

Até que em determinado momento você está lá, toda segura de si, super distraída pensando em coisas sem importância enquanto espera o sinal abrir, de repente pára alguém do seu lado, você olha assim involuntariamente e pronto: seu mundo cai, tanto esforço e tudo por água a baixo.
"Droga de cidade pequena".

E mesmo que o seu coração tenha quase parado e ter sentido que iria cair ali mesmo no meio da rua, você sente um ódio por si mesma porque pela lógica não era pra nada disso estar acontecendo. E depois de ter rezado pro sinal abrir você segue seu caminho, já com uma nova missão a cumprir: recomeçar todo o processo de esquecimento.

O primeiro passo a partir de amanhã é: não vir nunca mais por esse caminho.
E pronto, a vida segue. Porque você pode não ser muito boa em fugir de certas coisas, mas determinação, ah.. isso você tem de sobra!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Uma vez - não lembro quando - ouvi alguém dizer que uma casa (ou qualquer outra coisa) depois de construída, resta mesmo só tirar as escoras, os andaimes, limpar tudo e esperar que o vento (ou o lobo mal) venha e sopre, pra ver se ela aguenta de pé...
Tem coisas que ruem tão facilmente né? no primeiro vento desaba.
Pra completar, existem pessoas que só pensam em si mesmas, não pensam nas palavras e com elas ferem, machucam, falam uma série de coisas ruins mal sabendo que com isso derruba não só a morada, mas o mundo da outra pessoa. Depois, como já é mania mesmo do ser humano procura algo ou alguém pra por a culpa, fica se perguntando aonde foi o erro. Ora, se estava construindo algo que sabia que não iria vingar, por quê a surpresa se no primeiro sopro do lobo mal a casinha estremeceu? E pra quê começar a construir se não pretende habitar? Que mania de fazer as coisas por fazer, sem sentimento, sem ternura, sem verdade, eu hein...

Lembrei agora daquela frase: "Tu és responsável por aquilo que cativas"
Ah dona raposa, onde está tu que não está aqui pra lembrar as pessoas disso? Deve estar atrás do príncipezinho viajante, ou então por entre o milharal pensando naqueles cabelos cor de ouro.

Mas enfim. Voltando, engraçado que uma das coisas boas (?) desse lance chato de ser adulto é que não adianta procurar um culpado, sabemos quem o é. Não é quando éramos criança, que depois de quebrar o vaso colocávamos a culpa no irmão mais novo.
O jeito mesmo é esquecer, usando seja lá qual for o método escolhido, sem esquecer que tínhamos consciência de que quando a frustração viesse (ela viria de um jeito ou de outro) a única coisa que restaria mesmo seria se perguntar: "porque eu conquistei se não era o que eu queria?"


Nossa, to falando coisa com coisa? Esse post só faz sentido mesmo pra mim, não percam tempo lendo isso.. (pouquinho tarde pra dizer isso hein..
rsrs)


Deixo com vocês a música que estou ouvindo agora, repetidamente.
Vou dormir cedo, hoje o dia não foi bom, ainda bem que ta acabando. Segue a música::
U2 - I still haven't found what I'm look

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Parada rápida só pra escrever umas coisinhas...
Sabe quando em pouco tempo algumas pessoas dizem que você está diferente, serena e.. adulta?
Pois é, quem diria hein, euzinha aqui. Não que eu tenha deixado minhas palhaçadas de lado, não que eu tenha deixado de vez algumas infantilidades, criancices, não que eu tenha deixado de fazer biquinho quando não tenho o que quero.. hehe
Mas às vezes certas atitudes aparentemente simples nos dão um ar de maturidade tão grande né?
Não to falando só por isso, mas cara.. tem coisa melhor do que saber controlar as emoções? Saber viver cada dia a sua beleza e ou preocupação?

Poxa.. ttem gente que adora estocar coisas, sentimentos.
Estou aprendendo que o que vale é o suprimento a curto prazo.
Lembram quando Deus mandou alimento pro povo no deserto e deu a ordem de não guardarem nada pro dia seguinte, pegar cada um conforme a sua necessidade? O maná era tão doce que era saboreado com deleite, e o que aconteceu com o mana que foi guardado? Criou vermes e cheirou mal.
Pois é, nesse sentido que eu falo, o que é bom hoje amanhã pode não ser, e a dor de hoje amanhã não doerá tanto assim.

Basta a cada dia o seu mal - ou o seu bem. Amanhã é outro dia.
De que adianta querer viver tudo de uma vez, abraçar o mundo com os braços e as pernas..
Melhor viver cada segundo do que não ver o tempo passar, não acham?

Eu acho, e estou bem assim.
Constante mesmo só a mudança, e mudança por si própria já vem com obrigação de ser boa, senão não vale.

Enfim... passei mesmo só pra dizer isso, sei que é a maior filosofia de botequim, mas e daí.. é também a minha reflexão boba dessa noite ué;
deixa eu ir dormir, e aproveitar cada minuto do meu sono, amanhã é outro dia!


Gudi náite procês!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

via de regra...

Não tem jeito:


Ouvir mais e falar menos!



É melhor, sempre!

***

E n
unca foi tão fácil entender...
quanto aquele dia.

Muito tarde pra ser uma daquelas coisinhas que prometemos cada começo de ano?
Enfim, to aprendendo, e tá valendo muito a pena.
Creative Commons License