quarta-feira, 16 de novembro de 2011

[piada interna]

'Um sorriso se desenhou em seu rosto quando viu que seu bebê recém nascido se parecia com ela. Teria sido terrível ter que dar explicações'

¬¬



terça-feira, 15 de novembro de 2011

nostalgia mode on

Momentos que comecei a me lembrar assim, do nada:

Meu pai: "Rezo por você todos os dias."


Minha avó: "Nem se esforçando ela fica feia."

Meu irmão mais velho: "Esse cara não é pra você."

Irmão mais novo: "Larga esse cruzeta."


Meus amigos: "Você é foda!"

Alguém que não posso dizer quem é: "Se eu não fosse seu p. eu namoraria você.
"

Outro alguém, meio que sem definição: "Quando te olho eu vejo sua áurea."

Minha mãe: "você é muito durona filha, todo mundo aqui chorando e você aí, séria." (Na ocasião disseram que eu estava certa, e alguns disseram que queriam ser como eu. E eu disse que queria ser igual a eles.)

Minha irmã para minha mãe: "Deixa ela dormir, tadinha ta de ressaca."


Ex chefe: "Você faz falta!"

Um amigo: "Trouxe isso pra você, sei que você adora porcaria"


Uma amiga: "Não entendo como você pôde acreditar nisso, você é tão inteligente, sua burra!"


Amigos: "Vê se pára de enrolar e bebe."


Uma amiga: "Como você consegue beber tanto?"

Ex colega de trabalho: "Adoro tuas piadas bestas."

Primo: "Tadinha, é doida."

Outro amigo: "Incrível, quando você chega o ambiente fica melhor."


Leitores: "Adoro seu blog, você escreve e parece eu.
"

Leitores/Amigos: "Se você escrevesse um livro eu compraria."

Leitores: "Li e reli e não entendi porra nenhuma."

Amigos/Leitores: "Você deveria ganhar dinheiro com as merdas que fala.
"

"Alguém": "Com você eu passaria o resto da minha vida"


Amigo gay: "Se fosse escolher uma mãe para o meu filho seria você.
"

Um amigo sacana: "Eu comeria você, em nome da nossa amizade!"

Uma amiga sacana: "Não saio com mulheres mais bonitas nem mais altas do que eu, só com você"

Outro amigo gay: "Se eu fosse você eu daria todo dia."


Um ex: "Eu fui muito burro.
"

Outro ex, sem noção: "Quanto você ganha?"

Mãe: "Deu erro no ultrasom e eu só soube que você era mulher no dia que nasceu, todos pensávamos que era um menino.
"

Pai: "Quando eu soube que você nasceu mulher eu tirei você e sua mãe do hospital à força, tive medo de trocarem você. Acontecia muito naquele tempo.
"

Meus irmãos, me sacaneando: "Você foi trocada, era pra ser homem. Alguém trocou você."


Eu: "Vou procurar meus pais verdadeiros, aposto que são ricos e que estão me procurando, devo ter uma baita herança pra receber!" (Detalhe, meus irmãos nunca mais disseram nada.)

Uma mulher, na rua: "Tua bunda é bem redondinha, sortuda!"

Um amigo: "Você é linda mas as vezes é tão estúpida."


Outro amigo: "Você é bem feinha, ainda bem que é inteligente."


Amigos de bar: "Só falta você aqui."

Amiga: "Voce era mais bonita quando era loira"

Outra amiga: "Cabelo preto combina mais em você."


Meu pai, me exibindo: "Essa é minha filha, linda né? A cara do pai."


Minha irmã: "Pára de comer sua gorda!
"

Meu amigo gordo: "Como você aguenta comer cinco pedaços de pizza? Nem eu consigo."

Pai: "Cuidado com o sal.
"

Pai: "Olha a placa, olha o quebra-mola, olha o sinal vermelho, olha o pedestre, olha a seta, filha não corre, você não está numa preferencial, entra aqui..." (Detalhe, sou habilitada há seis anos.
)

Amiga de infância: "Você é mais que uma irmã!"

Irmão mais velho: "Não quero me meter na sua vida, só não quero que você se meta em confusão."

Eu: "Vai dar tudo certo."


Eu, pro D*: "Eu nunca vou desistir de você!"

D*, pra mim: "Eu te amo, sabia?!
"


.. ♥ ..

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

falso moralismo


O que falar sobre o falso moralismo? Ou pior, o que falar sobre pessoas que possuem esse terrível defeito? Quem é o quê para apontar ou julgar alguém? E quando uma pessoa que tem um passado (e um presente) questionável vem te falar o que deve e o que não deve ser feito e como se deve ou não se deve viver? Como se comportar diante disso? São perguntas que me faço quando encontro pessoas assim, porque sério, fico sem saber como me comportar. É desconfortável, e eu não consigo me conter, e se não posso vomitar tudo o que penso na cara da pessoa, eu saio de perto até para deixar-se perceber o desafeto e também para manter a ética comigo mesma, que para mim é a mais importante. Ser hipócrita consigo próprio é pior do que ser hipócrita perante a sociedade. Aliás, acho até que deve ser bem perturbador ser hipócrita consigo mesmo: como que uma pessoa que fala de uma forma e age de outra se olha no espelho quando chega em casa? Deve no mínimo se chamar de idiota. Mas enfim, cada um com seu cada um. Não quero ser analisada porque autocrítica eu tenho de fábrica, obrigada. E ainda bem que tenho. Toda pessoa deveria ter autocrítica porque acho que é a peça mais importante para a construção da personalidade de qualquer cerumano. E por que a maioria não possui a bendita prática de se avaliar ao invés de avaliar o outro? Os que não sabem analisar a própria vida e sua maneira de agir ou pensar, sempre são aquelas que vivem a apontar defeitos alheios. Ah, e todo esse questionamento levantado fica sem resposta porque ainda não aprendi a compreender pessoas que tem essa deficiência. Fim.

domingo, 23 de outubro de 2011

quem dera eu

O que eu mais queria na vida inteira (além de ser rica e conhecer a galáxia) era poder ser super sincera com as pessoas. Ao ponto de falar a primeira coisa que me vem na cabeça sem sequer pestanejar. Mas não posso por motivos óbvios, primeiro porque a boa educação não permite, meus pais me educaram de uma forma que as vezes eu até me irrito. Segundo porque vivemos numa sociedade onde somos obrigados a pensar sempre duas vezes antes de falar qualquer coisa, isso é claro se você não quiser se comprometer nem criar nenhum tipo de inimizade.
Aí seguimos assim, com apertos de mãos, abraços, sorrisos grandes e amarelos, cada um dizendo uma coisa quando na verdade a vontade é de mandar a pessoa tomar...Ah, deixa pra lá.
Lembrei agora da antiga frase do então ilustríssimo senhor deputado lá das bandas de São Paulo:



Acho a falsidade uma coisa muito linda!
'''
RIP

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Allah hu akbar??? É mesmo? Fizeram-me duvidar...

[Hoje faço coro ao mais recente texto do sr Frei Clemente, para acessa-lo clique aqui]

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Oh, grande Aníbal Barca, que sina a da Líbia...

Mataram Muammar Kadafi, um filho de Deus. O homem não era flor, oh não. Era mais espinhos que flor. Não era o pior dos espinhos entre os filhos de Eva, mas teve seu nome no segundo escalão dos tiranos da História. Agora o mundo se enche de Dions e Brutii clamando pela morte dos tiranos... e orando pela prosperidade da China e saúde de Cuba, raça de víboras hipócritas!

Veja o vídeo de seu último momento, em que é levado praticamente garroteado e espancado até uma morte humilhante. O que mais me impressionou não é a visão de Kadafi - um mau e poderosos de outrora supostamente levando "o troco" - tratado como Cristo espancado rumo ao calvário. Era que os zés-manés a sua volta ficavam gritando feito dementes cerebrais "Allah hu akbar!""Allah hu akbar!" - Deus é Grande! grito da religião de Bafomé...

Deus é grande???

É mesmo? Juro que duvidei, mesmo sendo sacerdote. Não ponham o nome de Deus naquela palhaçada, aquele linchamento totalmente fora de qualquer arcabouço legal. Não, este deus que gritavam não é grande. Faço a pergunta do Salmo 41 a eles: "Onde está o teu deus???". Meu Deus não é vosso deus. O meu Deus era linchado, não linchava. O meu Deus era o único que tinha motivos para lapidar, mas ele salvava da lapidação. O meu Deus pareceu-se mais com Kadafi em seu fim do que com seus justiceiros e "libertadores da Líbia".

No Egito, os fanáticos muçulmanos que tomaram o poder já se perseguem e martirizam os cristãos. A Líbia vai para o mesmo caminho. Hoje Kadafi, amanhã nós. A profecia de Nosso Senhor, é verdadeira, matam os cristãos achando que oferecerão um sacrifício a Deus. Explodem-nos e matam-nos gritando "Deus é grande!". Ah, Deus é grande, mas grande é sua ira. Vão gritar "Deus é grande!" no fundo dos Infernos com Iblis e sua corja, porque estes sim sentiram a mão pesada da real grandeza de Deus, que não se compraz em linchamentos públicos nem mesmo do pior canalha.

Que coisa... oh tempora, oh mores...

¬¬

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

a truth?




Simplicidade é o que há de mais sofisticado!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

nós que achávamos já ter visto de tudo

Foi assim:

(Ele) - Deaaaaaaane, corre aqui!
(eu) - Que foi???
(ele) - Corre, vem cá ver uma coisa.
(eu, cética) - Que diabo é isso?
(ele) - Tá vendo? A criatividade humana não tem limites, minha cara.
(eu, boquiaberta) - ...
(ele) - A estupidez humana não tem limites, a idiotice humana não tem limites, e eu quanto mais conheço os homens, mais gosto de cachorros.
(eu, já saindo) - Não sei como ainda me surpreendo.

Alguns minutos depois...

(ele, aos berros) - Deaaaaaaaane.
(eu, no computador) Aff... o que é criatura??
(ele, em tom de raiva e ao mesmo tempo deboche) - Lembra do que eu te falei naquele dia? Olha ai. (e aponta).
(eu, pasma) É. Você tinha razão.
(ele, que é ateu) - Jesus deve ta se revirando no túmulo. (Desliga a tv, e sai da sala.)

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

medo

Tava aqui me lembrando de uma entrevista que vi outro dia, Cissa Guimarães fazendo uma tremenda confissão a respeito das dores que sente. Disse que a dor é algo que já está impregnado em sua vida. Confesso que isso mexeu comigo, embora eu a ache uma guerreira, uma pessoa que está sempre sorrindo, não tem como negar que hoje ela carrega uma pequena escuridão no olhar. Conheço gente que já sofreu horrores, casos até parecido com o dela e que hoje leva uma vida feliz - ou então disfarça muito bem. E não estou criticando, sei que só quem sabe é quem passa, sei o quanto deve ser difícil.

Mas o que quero dizer mesmo é que ficou na minha cabeça quando ela disse que hoje a dor faz parte do seu quotidiano. Associei e comparei com o medo, no lugar de dor, medo. Porque ta aí uma coisa que todo mundo tem. Eu sei que os medos vão embora, pode demorar o tempo que for, mas vão. Só que logo atrás vem outros, as vezes até pior. Eu sou uma pessoa que tem medo. Não o medo comum como ser assaltada, ou medo de altura ou de algum bicho. É um medo maior, medo de não aproveitar a vida, de não saber como agir diante de uma oportunidade, de uma mudança, uma reviravolta. De por um deslize mandar embora a chance que sempre pedi. Medo de fazer tudo errado e de não ter a chance de fazer o certo. De pedirem pra eu ser cuidadosa e eu agir impulsivamente, de me pedirem seriedade e eu cair na gargalhada. De me pedirem tempo, e eu não dar por ser assim tão imediatista. Medo de ser infantil, insensata e de repente já era, lá se foi... tchau oportunidade. E não é simplesmente por ter medo e não tentar, é essa de (quase) sempre optar pela emoção, de mergulhar de cabeça, ninguém me disse que teria uma pedra no fundo, ninguém me disse que teria
duas pedras no fundo. Só que aí, teimosa que sou, aquela pedra na qual bati a cabeça eu vou tirar porque eu vou mergulhar de novo.

Lembrei agora foi do filme do Rock Balboa, da cena em que ele fala pro filho que o mundo não é cor de rosa, que é difícil e que não importa o quanto a vida te dê porradas (ela sempre vai dar) o que importa é o quanto você é capaz de suportar.

Confesso que tenho medo de aprender da forma mais dura. Porque sei que caso aconteça é apenas minha culpa e de mais ninguém. E tenho tanto ainda pra aprender, sei que tenho tanta coisa ainda pra passar que me assusto só de pensar. Tem gente que chama isso de sofrer por antecipação, eu chamo de tentar se preparar pro que der e vier.

sábado, 24 de setembro de 2011

sobre músicas de suspense e trilha sonora

Hoje assisti um filme desses de terror e suspense, adoro! Gosto do que me prende atenção, e nada melhor que um bom suspense pra isso. E dependendo do filme eu me envolvo na história, chego até a 'falar' com os personagens. Porque a gente sempre enxerga tudo, com o desenrolar a gente vai conhecendo cada personagem, tem aquele momento em que o vilão vira de costas pro mocinho, da uma risada cínica, faz uma cara de mal, aí a gente já percebe que aquele ali não presta. Ou então quando nos momentos de perigo toca uma música de suspense e a gente já sabe que vai acontecer alguma coisa. "Sai daí seu burro, não vê que ele vai te matar?"
Eu sempre me lembro do filme do tubarão, quando tocava aquela música eu esperneava e dizia para as pessoas saírem logo da água. Porque nos filmes a gente sempre tem o conhecimento de que algo está por vir, a música de suspense cumpre bem essa função de nos informar.
Só que claro, só vemos porque estamos do lado de cá, de fora da situação. Exatamente como na vida real, a gente não percebe, claro! As situações não acontecem com trilha sonora, porque se tivesse seríamos rapidamente avisados e poderíamos voltar atrás, escapar do perigo do qual chegamos tão perto.

Ontem por exemplo, falei tanta coisa ruim pra alguém que amo, nem me dei conta. Hoje, já de fora da situação (outro dia) e revendo as atitudes, é como se eu pudesse ver a cena com uma música de suspense e perigo bem alto tentando me avisar e eu não conseguia ouvir. Não sei bem o quê, mas algo me fez refazer os passos a tempo e ver que o caminho não era bem aquele. Aliás, sei bem o que foi, mas prefiro não dizer aqui, acho que cada um, de acordo com a situação em que vive deve descobrir por si só.

***
Agora, no lugar de música de suspense, por quê não uma trilha sonora? Acho que mereço. E se tem trilha tem que ser um clássico, algo que diga muito.


Por hoje, essa:


segunda-feira, 19 de setembro de 2011

do Manuel, o Bandeira

O que eu adoro em ti,
Não é a tua beleza.
A beleza, é em nós que ela existe.

A beleza é um conceito.
E a beleza é triste.
Não é triste em si,
Mas pelo que há nela de fragilidade e de incerteza.

O que eu adoro em ti,
Não é a tua inteligência.
Não é o teu espírito sutil,
Tão ágil, tão luminoso,
- Ave solta no céu matinal da montanha.
Nem a tua ciência
Do coração dos homens e das coisas.

O que eu adoro em ti,
Não é a tua graça musical,
Sucessiva e renovada a cada momento,
Graça aérea como o teu próprio pensamento,
Graça que perturba e que satisfaz.

(...)

Nem a tua pureza. Nem a tua impureza.
O que eu adoro em ti - lastima-me e consola-me!
O que eu adoro em ti, é a vida.

***

Madrigal Melancólico - Manuel Bandeira, 11 de junho de 1920


*enviei-te também por email*

sábado, 17 de setembro de 2011

por hoje, Calvin e Haroldo




Sem mais.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

vida real versus um pouco de novela

Estava numa sala de espera folheando revista quando na tv uma cena me chamou atenção. No programa da Ana Maria Braga mostrava imagens de adolescentes fazendo movimentos, digamos, eróticos(?). Mas justo na hora fui chamada e não vi a essência da matéria. Enquanto era atendida na outra sala fiquei imaginando o que apresentadora estaria falando a respeito das imagens. "Quando chegar em casa vou procurar na internet" - pensei. E foi o que eu fiz, não encontrei a reportagem do programa, mas o vídeo das meninas em questão é esse:

Veja se tiver estômago pra isso:


Não sei vocês, mas eu fiquei chocada com essas meninas. Imagino que os pais não sabem do teor dessas 'festinhas' durante o dia, aparentemente inocente, mas enfim. Não vim falar disso, não exatamente. Dizem que a vida imita a arte né, e vice-versa. Então, outro dia nessa nova novela da globo teve uma cena que me fez lembrar desse vídeo. Quem acompanha sabe do personagem Baltazar, um pai ultra rigoroso e marido agressivo. Tem um capítulo em que ele proíbe a filha de ir numa festa, ela desobedece e vai.

Baltazar invade o baile para buscar a filha:


Daí a globo mostra o que acontece com os pais que resolvem ir atrás de seus filhos nessas situações:

Em baile funk, Baltazar leva uma surra

Claro que cada um, dentro do seu nível cultural pode discernir o que quer ou não da televisão. Mas é incrível a forma como os valores estão invertidos e a novela vilaniza a todo custo um pai que tenta a seu modo proteger a filha. Tem uma cena patética (só mais essa) em que a moça finge estudar quando o pai chega, e na cena é apoiada pela mãe.

Solange finge estudar quando o pai chega em casa

E ela joga os livros de lado quando ele sai. Não se pode negar que o cara é violento, certamente o autor vai explorar bem o tema e vai fazer uma coisa boa no momento que começar a incentivar as denúncias de abuso contra as mulheres, mas essa questão da violência, quem sabe é assunto pra outro post; o que eu vim mostrar mesmo hoje foi outra coisa.
Um viva pra quem entendeu!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

...

Então, as últimas semanas foram (e estão) sendo difíceis. Não tô numa fase lá muito boa. Por isso quando ouvi alguém dizer, sem que eu estivesse presente por completo, que "eu sou espirituosa, e que tenho uma áurea muito linda", não pude deixar de achar esse o melhor elogio da minha vida.

(suspiros)

domingo, 4 de setembro de 2011

procura-se

Tava aqui arrumando umas coisas, organizando uns livros e folheando alguns, quando me deparo com uma papelzinho dobrado, meio esquecido e envelhecido pelo tempo.
Era do tempo do colégio, 4° ou 5° série talvez, pelos meus cálculos deve fazer uns quinze anos.
Eu tinha um coleguinha de classe que sempre me ajudava com as lições. Não lembro porque mas uma vez tivemos um desentendimento. Um dia voltando do recreio encontrei um bilhetinho dentro da gaveta. No bilhete ele dizia que não era bom ficarmos sem nos falar, e encerrava com a pergunta: "Vamos ficar de bem?" Logo em baixo tinha um sim e um não, com uma quadrinho ao lado de cada resposta aonde eu deveria marcar o que eu queria e depois devolver.
Quando ele entrou na sala e viu o papel na minha mão sorriu pra mim, eu apenas sorri de volta e guardei o papel na mochila. O sorriso disse tudo, voltamos a ser amigos.

"Quando a gente fica vermelho, não é o mesmo que dizer sim?"

Os anos se passaram e tomamos rumos diferentes. Ver esse bilhete hoje me fez lembrar com uma riqueza de detalhes muito grande daquele dia. Não é a primeira vez que encontro esse papel, acho que o vi faz uns cinco ou seis anos e guardei com o mesmo carinho e ternura como no dia em que o recebi. Com a diferença de que hoje deu uma curiosidade enorme de saber como ele está. Será se algum dia voltaremos a nos ver?

Sei apenas que se chama Fabiano, só tirava dez em matemática e a última notícia que tive é que ele está (ou estava) estudando na Universidade Federal do Maranhão.
Lembro também que éramos um trio: Fabiano, Adriana e eu. Adriana fazia aulas de natação junto comigo (professor Valdeã) e vivíamos insistindo pra que Fabiano entrasse também, mas ele dizia que preferia fazer Atletismo (professor Parente).
Só lembro mesmo basicamente disso. =/
Talvez demore encontrar mas não deve ser tão difícil assim. Estudantes do Sesi I em Imperatriz do Maranhão, anos 90, mais precisamente entre 95 e 98. Alguém por acaso ler esse blog? Manda um email, qualquer coisa tentar um reencontro, tirar umas fotos quem sabe postar aqui?. (Vejam como sou otimista =D).
Vamos lá Fabiano, apareça. Quero te mostrar que durante todos esses anos eu guardei teu bilhete. Imagino a sensação que deve ser reencontrar uma amizade de infância perdida pelo tempo.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Mafalda, abrindo os posts de setembro





quarta-feira, 31 de agosto de 2011

sobre cuidado e os pequenos gestos...

Quando você pede para alguém colocar o cinto de segurança, isso é cuidado.
Quando você olha para os dois lados antes de atravessar a rua, isso é cuidado.
Quando uma pessoa diz que precisa conversar, e você faz de tudo pra deixar uma atividade importante pra depois, isso é cuidado. Se você não conseguiu adiar, mas ainda sim liga pra dizer que logo logo vai chegar, isso é cuidado.
Quando você empresta seus ouvidos para alguém desabafar e fica calado sem dar conselhos ou reprovações, isso é cuidado.
Quando você oferece o ombro para uma pessoa chorar e alisa suas costas com a ponta dos dedos para que a tristeza vá embora, isso é cuidado.
Quando você fala para a pessoa não tomar gelado porque vai aumentar a tosse, isso é cuidado.
Quando você pede pra pessoa maneirar no sal, isso é cuidado.
Quando você cobre a pessoa que está dormindo sem lençóis, isso é cuidado.
Quando você sente a falta de uma pessoa e liga para saber quando ela chega, isso é cuidado.
Quando você se preocupa com a tristeza do outro e oferece sua companhia para dividi-la, isso é cuidado.
Quando você tira o preço do presente dizendo assim que o sorriso do outro não tem preço, isso é cuidado.
Quando você se preocupa com a satisfação das pessoas e se programa pra isso, como por exemplo: comprar suco para os amigos que não bebem, isso é cuidado.
Quando você troca todas as palavras para que as pessoas possam entender o que você está dizendo, isso é cuidado.

Cuidar é aparar, cuidar é envolver, cuidar é ajudar, cuidar é observar o outro.
O cuidado está nos pequenos gestos. Uma tarefa fácil, porém trabalhosa. Exige tempo, amor, dedicação e sinceridade. Cuidar é viver a vida fazendo a lição de casa, sem nunca deixar a simplicidade para trás. Sem se esconder nos medos, nas condições, nem nas desculpas de que não deu certo, que não sabia, que não deu tempo, e a pior de todas: que esqueceu.
E finalmente, quando tudo o que você quer é que a pessoa que você ama seja feliz - seja do seu lado ou não - isso também é cuidado, e dos maiores.


segunda-feira, 29 de agosto de 2011


"A cada manhã, exijo ao menos a expectativa de uma surpresa, quer ela aconteça ou não. Expectativa, por si só, já é um entusiasmo. Quero que o fato de ter uma vida prática e sensata não me roube o direito ao desatino." (Martha Medeiros)

domingo, 28 de agosto de 2011



"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais, há em mim uma sede, uma angústia constante que nem eu mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade...sei lá de quê!”

Florbela Espanca
¬¬¬

sábado, 20 de agosto de 2011

Depois da novela e de tanto que o assunto Homofobia tem sido abordado ultimamente, pra quem ainda não viu copio aqui esse texto do . E mais abaixo um vídeo um tanto quanto interessante ¬¬
Boa reflexão e bom fim de semana procêis!!!

Heterofobia

Preciso confessar: sofro de heterofobia. Não consigo achar normal duas pessoas de sexos diferentes se amarem. Minha religião não permite! Como pode um homem dar prazer a alguém com um corpo tão diferente do dele? Ele nem sabe que prazer uma mulher sente de verdade ao ser tocada e vice-versa. Como um hétero pode ter certeza de que é heterossexual se ele nunca ficou com um ser do mesmo sexo? A heterossexualidade, na verdade, é apenas uma fase, vai passar um dia, após a adolescência.

Seu filho é hétero? Coitado! Mas, não se preocupe, é apenas modismo, ele quer ser hétero só porque viu aquele casal hétero na novela, bobo. Aliás que pouca vergonha se tornou a televisão e o cinema?! Exibem cenas de sexo hétero a todo momento. Isso devia ser proibido, pois pode obrigar as crianças a se tornarem heterossexuais. Mas a bem da verdade os heterossexuais são seres promíscuos. P-R-O-M-Í-S-C-U-O-S! Não podem ver um rabo-de-saia que já estão gritando "gostosa", são pervertidos. Ou você já viu um grupo de pedreiros gays gritando "tesão" quando passa o vizinho sarado? E quando se reúnem vários héteros, então? É uma putaria sem fim. É só ter uma micareta, um festival de axé, que os héteros ficam se pegando feito animais no cio, e no dia seguinte a rua fica cheia de camisinhas usadas.

Isso sem falar na competência dos héteros. Por que uma empresa contrataria alguém tão conformado, sem criatividade e que vai dar em cima de todas as funcionárias, como um heterossexual? Não, não, héteros precisam de cartilhas a todo momento, para dizer o que é certo ou errado, não contrate-os. Fora isso, eles costumam sair à noite e ir a boates e ficam beijando na frente de pessoas que não estão acostumadas a ver isso, eles deviam se dividir em grupos, se afastar da sociedade e colocar na porta: "aviso: boate hétero".

Onde está a moral hétero, hein? Olha o número de adolescentes grávidas no Brasil! Héteros não amam, eles só pensam em sexo! Dispensa comentar acerca das doenças sexualmente transmissíveis, né? Héteros são lotados delas! Afinal não há mais grupos de risco e sim comportamentos de risco e quem sofre cada vez mais com a AIDS são as mulheres casadas. Héteros são um problema de saúde pública, não sei por que não tratam a heterossexualidade como doença (e ainda querem me impedir de falar heterossexualismo, que frescura!).

Héteros não tem condições de criar uma família. Os homens héteros pensam apenas em futebol e cerveja, largam as esposas em casa para irem aos estádios de futebol, ou para se reunirem com os amigos no bar da esquina. As mulheres héteros só querem saber de cuidar do cabelo, fazer compras e até esquecem os bebês no carro para ir ao shopping. Existem registros de casais héteros, que geraram seus filhos biologicamente, e foram capazes de atirá-los pela janela e até na lagoa. Onde está o futuro de uma criança com um hétero?

Na verdade pode ser falta de espiritualidade. Héteros devem ser pessoas afastadas de Deus, que não sabem seguir as regras do Senhor. O inferno tá cheio de héteros, queimando por suas vidas impuras. E Deus, O ser superior que ama a todos, jamais perdoaria alguém que ama um sexo diferente. Devemos alertá-los para deixarem de ser héteros, antes que seja tarde demais para voltarem a uma vida normal!

E o que é pior é saber que ser hétero é uma opção, uma escolha. Ou você não se lembra? Lembra sim, safado! Quando a criança faz 12 anos, os pais apresentam um menu e perguntam: "Meu filho, você agora precisa decidir se vai gostar de homem ou de mulher. Você prefere ter uma ereção ao ver a Britney Spears ou o Ricky Martin ou ambos?". É tudo escolha, nós exercemos total controle sobre nossos sentimentos e sexualidade desde o nascimento. Chega disso, chega de heterossexuais, de suportá-los infiltrados na sociedade! Se eu tiver um filho, eu quero que ele seja gay!




*Um homossexual é assassinado a cada três dias no Brasil por homofobia.*
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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A banda mais bonita da cidade

Conheci recentemente e me apaixonei, dá vontade de entrar na casa e cantar também, e a música não sai mais da cabeça:


Coração não é tão simples quanto pensa...

domingo, 14 de agosto de 2011

cont.

Algumas pessoas comentaram comigo a respeito do post anterior, achei conveniente voltar e dizer que o fato, ou o pensamento que deu luz àquela questão é que não se deveria confundir inteligência com conhecimento versus sabedoria. Na minha opinião são três coisas distintas. Conheço muita gente sábia que não possui conhecimento formal, são ignorantes academicamente falando mas em compensação, diplomados na escola da vida. E dá-lhe admiração da minha parte! Por outro lado, conheço também acadêmicos, pessoas 'formadas', graduadas, é difícil explicar o que acontece mas me parece que ao desenvolver as faculdades mentais de natureza humana eles simplesmente atrofiam! Daí já viu né, a arte de tentar entender e conviver com gente diplomada, digamos inteligentes, porém, néscios, de uma falta de cortesia e sensibilidade tamanhas!
Lembram da fábula do Barqueiro, onde o advogado e a professora morrem afogados depois de darem uma humilhada básica no dono do barco? Pois é, mais ou menos por aí.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Eu tava aqui pensando com meus botões e zíperes, eles concordaram comigo - e entre si. Incrível a sabedoria do meu pai, incrível como tudo o que ele fala se comprova de alguma forma em algum momento pra mim. Ele costuma nos dizer pra nunca sermos do tipo de pessoa que não vê beleza em nada. Hoje isso se mostrou assim de uma forma um pouco mais clara, e eu pude entender melhor.

Lembrei de um velho amigo, desses que nunca vê novidade em nada, não importa o que aconteça, ele já sabe, já conhece, se acabou de acontecer ele já previa. Não importa que assunto você fale, ele conhece profundamente. Se de repente alguém chegar com a notícia 'descoberta a cura pro cancêr' ele fala: 'já era hora hein'. Não tem jeito, não vê novidade ou beleza em simplesmente nada.
E disso o mundo tá cheio. Não falo só do meu amigo não, ultimamente tenho encontrado muita gente assim, do tipo que existe um balãozinho do pensamento em cima da cabeça dizendo: "Como sou esperto, como sei das coisas! Que privilégio gozam todos ao meu redor em ter-me por perto!
E eu aqui me perguntando o que é que gente assim tão entendida está fazendo por aqui no interior do Maranhão? Penso no quão útil um camarada desse poderia ser, sei lá... no céu (?) Vai que Deus resolve tirar umas férias e precisa de alguém né... Ou quem sabe lá no paraíso não se precise de um governador? Ou poderiam colocar uma cadeira ao lado esquerdo de Deus já que conforme as Escrituras, o lado direito Jesus já ocupa.

Conte pontos para a falta de modéstia hein. Paciência encurta rápido diante do exibicionismo alheio, seja de quem for. E olha que eu me considero bem esperta, só não acho que preciso ficar falando isso... Prefiro ficar com o ensinamento do meu pai: "tente ser humilde filha, e não seja do tipo que nunca vê novidade em nada, procure encontrar a beleza das coisas."

Pois é pai, pois é. Eu até poderia emprestar o senhor pra dar conselhos pra algumas pessoas por aí, só que vou ter que ser egoísta, dias dos pais chegando né, não vai dar.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Sem pensar

Há um bocado de pensamentos que às vezes não saem da maneira como penso. As pessoas evoluem. Mudam. Às vezes elas evoluem e mudam de maneiras diferentes até terem um pouco em comum uma com a outra. E grande parte do meu “pensamento” tido anos antes, poderá não valer mais. Vou então pensar que ainda não vi o mundo. Pois tudo que vejo ainda é errante Nada aprendo, tudo se desmente. Espero um “amanhã talvez”.

Perco a razão querendo ser eu mesma, mostro e falo pra todo o mundo que eu não sei agir do jeito certo. A saudade me faz sofrer e a solidão me faz perder.

-“Você não tem medo do escuro?

- Claro que não! O fantasma sou eu!”



Não é nada não.

Não queira entender, não hoje.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

As crianças sempre me fascinam, sempre. E acho que exerço algum fascínio sobre elas também, costumo conversar sempre tentando levá-las seriamente, elas gostam e acho que por isso sempre surgem diálogos interessantíssimos. Carol, de 4 anos, depois das devidas apresentações e de um tempo de convivência, inicia o dialogo:

(Ela)-Eu gostei muito de você, você vai ficar aqui morando com a gente?
(Eu)-Não posso princesa, tenho que ir embora, mas eu também gostei muito de você.
-As pessoas que a gente gosta sempre vão embora.
-Na vida isso acontece muito. Temos que aprender a lidar com isso.
-E por quê elas não ficam?
-Algumas não podem, outras podem mas não querem.
-Você não pode ou não quer?
-Na verdade eu até gostaria, mas não posso. E lá onde eu moro tem pessoas que eu gosto também.
-Mais do que aqui?
-São gostares diferentes.
-Você tem que ficar perto de quem você gosta mais.
-Mas as vezes a pessoa que a gente gosta mais, gosta mais de outra pessoa.
-Então você tem que ficar com quem gosta mais de você, mamãe cuida mais de mim do que o papai, por isso eu só fico com ele nos domingos.
-E de quem você gosta mais, dele ou dela?
-Minha vó disse que eu não posso dizer que é pra não deixar ninguém triste.
-Mas você sabe quem gosta mais de você?
-Eu sei. - Ela sacode os ombros, como se sua resposta fosse a coisa mais óbvia do mundo.
-E como você sabe? -
Insisti.
-Eu sei pelo cuidado que tem comigo.
- ...

Calei né. Que mais que eu poderia dizer?
Pelo menos depois, pra ficar claro sobre quem era a adulta ali, aproveitei pra dizer qualquer coisa:



- Carol menina, não mostra a língua na foto que isso é feio.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

+ Mafalda



=D

terça-feira, 5 de julho de 2011

Sabe aqueles bichinhos que quando a gente toca ele se recolhe todo e vira uma bolinha fechada em si mesma? É bem assim que tô me sentindo, e olha que quem me conhece sabe que não sou assim, quando em resposta eu não ataco, no mínimo me defendo, mas me recolher é bem pouco provável. Existem dias em que nada dá certo e tudo o que você quer é sumir.

E é nesse tempo em que muitos conceitos mudam na nossa cabeça. Um deles é o da amizade, não vou falar amizade, melhor usar o termo 'pessoas com quem passamos muitas horas do dia'. Você passa a observar as atitudes de algumas pessoas e chega ao ponto em que percebe que nada daquilo ali vale a pena fazer parte sequer de um minuto da sua vida, que dirá dos dias. Daí a única saída é você definir e colocar cada pessoa numa escala de hierarquia que você considera mais importante, o resto é melhor manter longe. Você até corre o risco de se passar por interesseiro, mas é um risco que as vezes se faz necessário. De que vale você manter por perto uma pessoa que em nada te acrescenta, e que além disso ainda te prejudica? É horrível, insuportável ser alvo de fofoca, de intriga, de tanta gente sem vida que esse mundo põe na nossa frente.
--
Por outro lado eu sou infinitamente grata por esse mesmo mundo colocar, mesmo que inesperadamente uma pessoa por quem hoje eu sou disposta a fazer qualquer coisa. E é esse o lado bom, é quando temos um alguém todo especial que tá ali pra te dizer que a fase ruim vai passar, que te dá perspectivas, que te anima, que te dá confiança e te faz ver as coisas de uma forma que fica fácil reconhecer que bom mesmo tá é agora.
E foi bem disso que falei lá no início, você coloca a pessoa certa no alto da hierarquia e ela faz jus ao posto. O resto é esperar que o mundo gire no tempo certo dele, e ele gira. Afinal, alguém já disse uma vez que nossa vida é o resultado das escolhas que fazemos, e eu concordo.

domingo, 26 de junho de 2011

Escrevi esse texto há um ano atrás. Eu tava aqui pensando em tudo o que é amado por mim hoje, lembrei do texto e resolvi trazê-lo de volta. Eu poderia incluir algumas outras coisas, mas gosto dessa essência, dessa simplicidade. É bom ver que não mudei tanto assim, é bom ver que muito do que eu era, eu ainda sou. Eu só preciso me lembrar as vezes...


ouvindo cold play - in my place
**

Coisas que eu amo

Amo olhar as pessoas sorrindo e o jeito que o semblante muda conforme a alegria transborda.
Amo quando uma pessoa tenta se manter séria, mas não consegue...
Amo piadas sem graça, amo a cara de sem graça da pessoa quando contou uma piada e ninguém riu...
Amo quando tentam me fazer rir...

Amo olhar pessoas falando, gesticulando.
..
Amo olhar pessoas quando elas não estão olhando, amo quando ficam sem graça quando percebem que as observo.


Parece estranho, mas gosto de ver uma pessoa com vergonha quando percebe que cometeu uma gafe, a pessoa fica tão... tão ela mesma; e acho bonito quando pedem desculpa.
Amo quando ficam com medo de eu não ter gostado do presente.
Amo quando dou um toque e retornam no mesmo instante, quando desligo na cara mas ainda assim ligam de volta.
Amo quando me oferecem uma música e pedem para eu prestar atenção na letra; quando ficam com raiva enquanto eu finjo que não estou ouvindo.
Quando alguém diz que me ama, amo ver a cara de ansiedade da pessoa em ouvir um 'eu te amo' de volta.

Amo reconhecer o som dos instrumentos nas músicas, de reconhecer o som do piano, do violão, da guitarra... "Será que essa parte é um violino?" Gosto de prestar atenção na segunda voz, não gosto quando dizem que não fazem diferença.
Amo ouvir o barulho que as coisas fazem, gosto do barulhinho que a tv faz quando é desligada, da porta quando abre, do barulho da chuva, do estalar dos dedos, o barulho do ventilador me dá um sooono...

Eu gosto de ouvir pessoas chegando, mas não gosto do barulho da campainha, prefiro ouvir baterem na porta, ou então que batam palma, "ô de casa"... tão humano.


Amo quando meu cachorro e meus gatos me encaram, quando ficam felizes quando eu chego mas depois de algum tempo não dão a mínima e nem percebem que estou ali.
Por íncrivel que pareça, amo quando me acordam e perguntam se eu estava dormindo.


Eu amo tudo o que é espontâneo.
Amo quando as pessoas são elas mesmas e não se dão conta disso.
***

quinta-feira, 23 de junho de 2011




Não é fácil. Mas tem dias em que tudo o que você quer é ser entendida, só isso. Eu nem acho que é pedir muito. Ser entendida, simples assim. Sabe você falar uma coisa e o seu interlocutor ouvir e entender, entender e aceitar? Sim, aceitar já que é uma decisão sua.
Mas parece que a única explicação plausível é que existe um objeto não identificado e invisível que faz com que as pessoas simplesmente não entendam. E existe dois lugares aonde esse objeto não identificado se instala: na frente da boca de quem fala, e na frente do ouvido de quem escuta. Esse objeto atua como um tradutor instantâneo que traduz em línguas desconhecidas e que por isso fica todo mundo sem entender nada, esse objeto serve unicamente para confundir.

Daí cada um vai prum lado, a pessoa que passou horas falando se pergunta: será se fui clara? E a pessoa que passou horas ouvindo se pergunta: o que será que ela quis dizer?

E pra completar, eu aposto que quem tá lendo isso também não ta entendendo nada porque é bem provável que o bendito objeto invisível não identificado que serve pra confundir se instalou nos olhos de quem ta lendo. Aí fica tudo assim, ninguém entende nada. Grande m&$#@

sexta-feira, 10 de junho de 2011

capítulo xx

Mas aconteceu que o príncipezinho, tendo andado muito tempo pelas areias, pelas rochas e pela neve, descobriu enfim uma estrada. E as estradas vão todas na direção dos homens.

- Bom dia, disse ele.

Era um jardim cheio de rosas.

- Bom dia! - Disseram as rosas.

O príncipezinho contemplou-as. Eram todas iguais à sua flor.

- Quem é? - Perguntou ele estupefato.

- Somos rosa. - Disseram as rosas.

- Ah! - Exclamou o príncipezinho...

E ele sentiu-se extremamente infeliz. Sua flor lhe havia contado que ela era a única de sua espécie em todo o universo. E eis que havia cinco mil, iguaizinhas, num só jardim!

"Ela haveria de ficar bem vermelha - pensou ele - se visse isto... Começaria a tossir, fingiria morrer, para escapar ao ridículo. E eu então teria que fingir que cuidava dela; porque senão, só para me humilhar, ela era bem capaz de morrer de verdade... ".

Depois, refletiu ainda: "Eu me julgava rico de uma flor sem igual, e é apenas uma rosa comum que eu possuo. Uma rosa e três vulcões que me dão pelo joelho, um dos quais extinto para sempre. Isso não faz de mim um príncipe muito grande...". E, deitado na relva, ele chorou.

terça-feira, 31 de maio de 2011

as 'Normas' do dia-a-dia

Acredito que todos que acompanham a novela estão impressionados com as atitudes de Norma, a boazinha que foi sacaneada e que agora é a maior vilã da novela. Não vou nem entrar muito na questão da vingança, afinal quem não curte uma boa vingança ne? Quem não gosta de ver alguém pagando pelo mal que fez? Aquela sensação de sentir o verdadeiro sabor do 'dia após o outro'. Mas vou falar de outro ponto: que artimanhas são utilizadas para conseguir a tal vingança? Quantas e quais pessoas que nada tinham a ver são prejudicadas para que a outra possa se sentir vingada? Aí é que tá, a gente nunca vê nas novelas um bonzinho sendo vingativo ao ponto de prejudicar os outros, mesmo ela tendo passado por tudo o que passou na cadeia, na cabeça das pessoas o que ela faz agora é errado, é vilania, não pode. "A moça que era boa não deveria ter matado alguém na prisão", "não deveria ter perdido o caráter a ponto de sacanear os outros, a ponto de colocar drogas na mochila de alguém pra conseguir a vaga no emprego, ao ponto de seduzir um homem à beira da morte (e quem sabe adiantar um pouco esse momento) unicamente para que, mais tarde, possa conseguir a tão sonhada vingança." Isso é o que as pessoas dizem normalmente.
Só que na minha opinião, aí é que ta o grande trunfo da novela, o autor consegue que, mesmo com toda a maldade da personagem, as pessoas em casa torçam pra ela de alguma forma.
Porque os romances melosos cheios de clichês da trama não atraem tanto assim, ninguém torce para que fulano ou cicrano fiquem juntos, todos torcem mesmo é pela volta por cima de Norma!

Por outro lado, outra coisa que a novela faz pensar é no quanto de Normas existem no nosso dia-a-dia, o quanto de pessoas que foram sacaneadas e que hoje estão por aí doidas para descontar em alguém, ou simplesmente tirar você do caminho dela caso você esteja atrapalhando de alguma forma e talvez não se dê conta. #medo




Cuidado! Pode ter uma Norma perto de você =P

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Por outro lado...



... pressão faz diamante, meu bem!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

20 de maio

Faz dias que não consigo parar pra escrever um pouco aqui. Até venho, começo a rabiscar, releio alguns rascunhos, apago outros.. mas na hora de publicar clico em salvar e guardo pra depois. Eu sempre digo que o blog é para mim um passatempo, coisa que eu gosto de ter sem compromisso, nem sei se compromisso é a palavra certa, é algo que eu gosto de ter mas que não cobre muito de mim, algo que eu possa vir sempre que eu quiser sem obrigação nenhuma; como aquele amigo desapegado que voce não vê todo dia, mas sabe que qualquer coisa ele estará lá.
Hoje deu vontade de vir e cá estou, começando a rabiscar com único intuito de deixar o dia de hoje gravado, assim como deixei o 15 de maio. Hoje ao acordar fiquei pensando em tanta coisa, em como existe pessoas que surgem do nada e de repente é como se sempre tivesse existido em nossa vida, chega com uma intensidade tamanha que até assusta. Sim, as vezes dá medo, é algo difícil de explicar. Só sei que é muito bom, e não quero que pare, não quero que tenha freios muito pelo contrário quero que crie asas...
Enfim...



Não vou me demorar,
como disse foi só pra registrar o dia,
por ser especial
por existir alguém especial.
E hoje vou encerrar meu dia assim:
com uma canção no pensamento,
com um olhar verde na lembrança,
um chamar sussurrado
porque sei que vai me ouvir
e depois...
fechar os olhos
acompanhado por uma prece!

...



domingo, 15 de maio de 2011

vinte e cinco anos...

... e aquela sensação de ainda nem ter começado!

Pro momento, o classico de Linda Perry:





Twenty-five years and my life is still
Trying to get up that great big hill of hope
For a destination

I realized quickly when I knew I should
That the world was never this brotherhood of man
For whatever that means

And so I cry sometimes
When I'm lying in bed Just to get it all out
What's in my head
And I, I am feeling a little peculiar.

And so I wake in the morning
And I step outside
And I take a deep breath and I get real high
And I scream at the top of my lungs
What's going on?

And I say: HEY! yeah yeaaah, HEY yeah yea
I said hey, what's going on?

And I say: HEY! yeah yeaaah, HEY yeah yea
I said hey, what's going on?

ooh, ooh ooh

and I try, oh my god do I try
I try all the time, in these institution

And I pray, oh my god do I pray
I pray every single day
For a revolution.

And so I cry sometimes
When I'm lying bed
Just to get it all out
What's in my head
And I, I am feeling a little peculiar

And so I wake in the morning
And I step outside
And I take a deep breath and I get real high
And I scream at the top of my lungs
What's going on?

And I say, hey hey hey hey
I said hey, what's going on?

Twenty-five years and my life is still
Trying to get up that great big hill of hope
for a destination

quarta-feira, 11 de maio de 2011

"Diz o mestre:

A encruzilhada é um lugar sagrado. Ali o peregrino tem que tomar uma decisão. Por isso os deuses costumam dormir nas encruzilhadas. Onde as estradas se cruzam, se concentram duas grandes energias - o caminho que será escolhido e o caminho que será abandonado. Ambos se transformam em um caminho só - mas apenas por um pequeno período de tempo.


O peregrino pode descansar, dormir um pouco, até mesmo consultar os deuses que habitam as encruzilhadas.


Mas ninguém pode ficar ali pra sempre: uma vez feita a escolha, é preciso seguir adiante, sem pensar no caminho que deixou de percorrer.


Ou a encruzilhada se transforma em maldição."


***


copiado aqui em novembro de 2010, hoje só um up pra mim mesma..

domingo, 1 de maio de 2011

oi?

Alô torcida do Flamengo...


Aquele abraço =D





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