sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Uma vez - não lembro quando - ouvi alguém dizer que uma casa (ou qualquer outra coisa) depois de construída, resta mesmo só tirar as escoras, os andaimes, limpar tudo e esperar que o vento (ou o lobo mal) venha e sopre, pra ver se ela aguenta de pé...
Tem coisas que ruem tão facilmente né? no primeiro vento desaba.
Pra completar, existem pessoas que só pensam em si mesmas, não pensam nas palavras e com elas ferem, machucam, falam uma série de coisas ruins mal sabendo que com isso derruba não só a morada, mas o mundo da outra pessoa. Depois, como já é mania mesmo do ser humano procura algo ou alguém pra por a culpa, fica se perguntando aonde foi o erro. Ora, se estava construindo algo que sabia que não iria vingar, por quê a surpresa se no primeiro sopro do lobo mal a casinha estremeceu? E pra quê começar a construir se não pretende habitar? Que mania de fazer as coisas por fazer, sem sentimento, sem ternura, sem verdade, eu hein...

Lembrei agora daquela frase: "Tu és responsável por aquilo que cativas"
Ah dona raposa, onde está tu que não está aqui pra lembrar as pessoas disso? Deve estar atrás do príncipezinho viajante, ou então por entre o milharal pensando naqueles cabelos cor de ouro.

Mas enfim. Voltando, engraçado que uma das coisas boas (?) desse lance chato de ser adulto é que não adianta procurar um culpado, sabemos quem o é. Não é quando éramos criança, que depois de quebrar o vaso colocávamos a culpa no irmão mais novo.
O jeito mesmo é esquecer, usando seja lá qual for o método escolhido, sem esquecer que tínhamos consciência de que quando a frustração viesse (ela viria de um jeito ou de outro) a única coisa que restaria mesmo seria se perguntar: "porque eu conquistei se não era o que eu queria?"


Nossa, to falando coisa com coisa? Esse post só faz sentido mesmo pra mim, não percam tempo lendo isso.. (pouquinho tarde pra dizer isso hein..
rsrs)


Deixo com vocês a música que estou ouvindo agora, repetidamente.
Vou dormir cedo, hoje o dia não foi bom, ainda bem que ta acabando. Segue a música::
U2 - I still haven't found what I'm look

3 opiniões importantes:

Anônimo disse...

Haha, eu gostei do post. Realmente, o ser humano é um bicho que não tem mais jeito. Tantas vezes me questiono sobre o comportamento desta raça que acho que somente destruindo o mundo para que tudo se redesenvolva para tomar jeito mesmo.

Pois é! Estou nesta fase de transição! O pior é que tenho tendência à depressão, então, se não tomar cuidado com as frustrações e com o que escolher para mim, vou ficar sériamente doente.

Saint-Éxupery é um gênio. Queria que todas as pessoas que já leram O Pequeno Príncipe absorvessem seus ensinamentos e não ler apenas por ler!

Gostei do seu blog!

Beijão
s2

The mentes disse...

Deane... eu entendo bem o que está falando.
Existem pessoas que aparecem na nossa vida, com um belo sorriso e uma palavra doce, entra e se envolve de uma forma que parece não ter explicação. Nem sempre dá pra saber as verdadeiras intenções, se é pra construir uma casa de palha, de madeira ou de alvenaria. Ficamos tão envolvidos que não notamos o material usado. Mas o bom é que no primeiro vento saberemos se irá durar ou não. E essa é a parte boa, ele cai de primeira.. não é uma coisa que vai ficar se sustentando sem ter base.
Então é o momento em que se parte pra outra, sem ficar se moendo por uma coisa que não vale a pena.

Sabia que me identifico muito com seus textos? Porque o que voce diz sempre cabe nas situações de cada um, é só saber ler nas entrelinhas.
Beijo grande pra ti, se cuida!

Duo Postal disse...

Mergulhei em suas palavras e descobri que o ser humano julga o ser humano, e o pior é que julga a si mesmo. Não é coisa com coisa, é um belo texto cheio de sentimentos de esperança, pena que continuamos a construir a casa onde o vento leva. Meu blog tem teor jornalístico, faça-me uma visita, deixe seu comentário e se gostar, siga:

http://duo-postal.blogspot.com

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